sexta-feira, 7 de maio de 2010

DESABAFO...





As vezes, como agora,
as palavras saem espremidas,
nos volteios que dão dentro de minha alma...
Pensamento e sentimentos constrangidos!
As palavras afloram...
Como tudo aflora!
Sem o controle, de quem pensa que controla...
Como agora!
Mas é preciso agradecer aos amigos,
que sem o saber, acalentam,
acariciam,
o escriba cujas palavras sorriem...
Enquanto ele mesmo chora!
Como agora!
É preciso,como agora seguir em frente!
Que importa a dor que dilacera,
o peito ofegante?
As lembranças vivas, das últimas
horas negras?
Que importa a solidão, esta solidão, destas últimas horas?
Onde a vida como as palavras,
se faz por si mesma,
regateando um controle,
a quem não a controla!
O poema, tem horas, divaga...
Agora, é o lenço, que as minhas lágrimas seca!
Agora é a boca da minha boca,que agradece aos amigos, pelas ternas palavras...
Um unguento novo, poderoso, sobre novas feridas!
Sobre as minhas feridas, como sobre as dores, tão minhas,
palavras tão doces e amáveis empalideceram a minha dor,
e lembraram-me, que não estou só, nesta vida!
Trazendo-me mais uma prova
da força do amor!

(Edvaldo Rosa)
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